Ao total, os biólogos - que trabalham para a empresa Santo Antônio Energia - encontraram seis dessas cobras-cegas. O maior tinha 1 m de comprimento. Desse grupo, três foram devolvidos ao rio Madeira, um acabou morrendo e dois foram encaminhados para o Museu Parense Emilio Goeldi. A ideia é que os pesquisadores do museu estudem melhor a espécie, pois pouquíssimo se sabe até então. Quer um exemplo? É um dos maiores animais terrestres que não possui pulmão e respira pela pele, como conta Juliano Tupan, analista Socioambiental da Santo Antônio Energia (que fez estas fotos). “Geralmente, apenas animais pequenos, como um grupo de salamandras e uma rã pequena, são apulmonares”. Curioso, não?
Apesar de já haver dois exemplares conhecidos de Atretochoana eiselti no mundo, não se tinha informação sobre como e onde viviam, o que comiam, qual era seu comportamento e de que forma a espécie teria evoluído. Agora, com a descoberta de indivíduos vivos, será possível responder a várias questões que pairavam no ar. Mas, ao contrário das cobras, não possuem veneno "escondido" nas presas. E, apesar de parecerem não ter olhos, enxergam, sim!
Com a descoberta, fica confirmado que essas cobras-cegas vivem no Brasil, na região de planície da bacia Amazônica. "Em águas turvas e quentes", explica Juliano Tupan
O mais curioso dessa história é que, logo depois da descoberta pelos biólogos no rio Madeira, um grupo de pescadores de camarões anunciou ter encontrado o mesmo bicho na praia de Marahú, na ilha do Mosqueiro, em Belém (PA)
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