quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Exclusivo: câmeras flagram filho de PMs com carro dos pais

O vídeo foi feito por câmeras de segurança próximas ao colégio em que Marcelo Eduardo, de 13 anos, estudava. Segundo a perícia, a filmagem foi feita horas depois do casal de policiais, a avó e tia terem sido mortos dentro de casa na zona norte de São Paulo.

Polícia investiga se menino de 13 anos matou a família

Casal de PMs, filho, avó e tia foram encontrados mortos a tiros na Brasilândia
Uma chacina matou cinco pessoas da mesma família — entre elas um casal de policiais militares — dentro de casa na Brasilândia, zona norte de São Paulo. A polícia investiga se filho de 13 anos do casal, que também foi encontrado morto, teria participado dos crimes. Mãe e tia de uma das vítimas também foram encontradas assassinadas 
Ainda não há nada de concreto sobre o caso, somente indícios. Os corpos foram encontrados no fim da tarde desta segunda-feira (5), na Brasilândia, zona norte da capital paulista 
Na casa, morava um casal de policiais militares: o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini e a mulher, o cabo Andreia Bovo Pesseghini         
Eles tinham um filho, Marcelo Eduardo, de 12 anos. Além dos três, a avó da criança, Benedita de Oliveira Bovo, de 65 anos, mãe de Andreia, que morava no mesmo terreno, em um cômodo separado, e a irmã dela, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, também foram mortas. Os corpos foram encontrados depois que um parente sentiu falta de uma das senhoras 
Ao entrar na residência, a polícia encontrou o cabo Andreia ajoelhada, já sem vida. O filho dela e o marido estavam deitados perto de um colchão  
No cômodo do lado de fora da casa, as duas senhoras permaneciam deitadas na cama com um cobertor sobre os corpos. Perto da porta de entrada, havia uma mochila. Dentro, a perícia encontrou material escolar do garoto de 12 anos, dinheiro e uma arma calibre 32 que pertencia ao cabo Andreia 

Cada um levou um tiro na cabeça e, segundo Benedito Roberto Meira, comandante-geral da PM, não há marcas de que houve troca de tiros ou luta corporal

— O que a gente descarta num primeiro momento é ataque, uma retaliação por parte de qualquer facção. Por quê? Porque, pela característica do que foi encontrado no local, você não tinha nenhum objeto revirado, não tinha sinais de arrombamento no imóvel, a porta estava entreaberta    
  
No começo da madrugada desta terça-feira (6), os investigadores recolheram uma segunda arma, encontrada dentro da casa, diversos objetos e até lixo. Na residência, os peritos da polícia científica encontraram um bilhete que a escola teria mandado para os pais da criança nesta segunda-feira. Isso, segundo a polícia, sugere que o menino veio da aula depois que os pais já estavam mortos

Além disso, um dos carros do casal foi encontrado a cerca de 60 metros da escola. A polícia já sabe que o veículo foi deixado ali por volta da 1h30 desta segunda-feira. Mas ainda não sabe por quem        
A polícia investiga se a criança teria levado o carro até lá, pois o bilhete encontrado dentro da casa indica que a criança pode ter ido à escola   

                            

O deputado e major da PM Olímpio Gomes duvida que o garoto tenha atirado na família e cometido suicídio depois de voltar das aulas. 
— Nós temos dois cenários e que dificilmente uma pessoa só conseguiria fazer esse disparo sem provocar nenhuma movimentação ou instinto de defesa das pessoas    
Já o comandante-geral da PM não descarta essa possibilidade.
— O menino, ele era canhoto. O disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele. Segundo os peritos que aqui estiveram, tem indícios de suicídio. A arma estava debaixo do corpo dele, o que é característico de suicídio   
Parentes ouvidos pela polícia disseram que o menino não apresentava problema de comportamento, mas não disseram se ele sabia dirigir  
O sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) Luís Marcelo Pesseghini, que tinha 16 anos de corporação, e o cabo Andreia Bovo Pesseghini, que trabalhava na PM havia 19 anos, não tinham histórico de problemas e foram descritos como excelentes policiais      
Uma chacina matou cinco pessoas da mesma família — entre elas um casal de policiais militares — dentro de casa na Brasilândia, zona norte de São Paulo. A polícia investiga se filho de 13 anos do casal, que também foi encontrado morto, teria participado dos crimes. Mãe e tia de uma das vítimas também foram encontradas assassinadas 
Ainda não há nada de concreto sobre o caso, somente indícios. Os corpos foram encontrados no fim da tarde desta segunda-feira (5), na Brasilândia, zona norte da capital paulista    
     

Tímido e apegado à família, menino suspeito de matar os pais gostava de armas e jogos violentos

Polícia diz que adolescente atirou na família, foi à aula, voltou para casa e se suicidou
Fernando Mellis e Ana Cláudia Barros, do R7, com Rede Record

Um adolescente tímido, calmo, caseiro e apegado aos familiares. Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, o filho único do casal de policiais militares Luis Eduardo e Andréia Pesseghini, costumava ser descrito dessa forma. No entanto, nesta terça-feira (6), o jovem passou a ser o principal suspeito da morte dos pais, da avó e da tia-avó, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Na versão da polícia, ele se suicidou cerca de 12 horas depois.
O jovem estudava em uma escola particular, também na zona norte da capital. Professores o consideravam um bom aluno. Pelo Facebook, uma professora de Marcelo fez um desabafo. "Está sendo muito difícil... uma dor que não se explica... dei aula para ele hoje, conversei, brinquei, dei risada, dei um abraço tão gostoso... e agora... acabou”, escreveu ela, após saber da notícia.
Marcelo sofria de uma doença congênita, a fibrose cística, que não tem cura e afeta o sistema respiratório. Médicos teriam dito aos pais que o menino dificilmente chegaria aos quatro anos de idade. Mas ele respondeu bem ao tratamento e completou 13 anos em junho. O garoto também tinha diabetes e fazia uso de insulina.
Os corpos dos pais e do garoto foram enterrados em Rio Claro, no interior do Estado, no fim da tarde de terça-feira (6). A avó e a tia-avó foram sepultadas em um cemitério na capital paulista.
Armas e jogos violentos
Quando chegava da escola, Marcelo passava horas no computador. No perfil que tinha no Facebook, a foto dele era de um personagem de um jogo de videogame que gostava, que é um dos protagonistas de uma seita de assassinos em busca de vingança, na época da Renascença. O jogo é recomendado para maiores de 18 anos.
O delegado Itagiba Vieira Franco, da Divisão de Homicídios, esteve no local do crime. Ele disse que achou diversas armas de brinquedo e de pressão no quarto do garoto.
— No quarto dele, nós encontramos uma grande quantidade de armas de brinquedo. Ele teve a capacidade, talvez espelhando-se no pai, de montar um colete artesanal, de papelão, tipo escudo do choque. E também um tipo de coldre, de ombro, que ele montou inteiro, com fitas e com papelão, com lugar para pôr a arma.
O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou que o rapaz costumava atirar com a arma de pressão.
Versão da polícia
Para as polícias Civil e Militar, entre o fim da noite de domingo (4) e a madrugada de segunda-feira (5), o adolescente assassinou os pais na sala da casa onde moravam. Depois, teria ido à casa da avó, no mesmo terreno, onde ela estava com a irmã, que a visitava frequentemente. As duas também foram atingidas por tiros na cabeça, possivelmente, durante o sono. Em seguida, as investigações indicam que ele pegou o carro da família, pouco depois de 1h, e foi até a rua da escola particular onde estudava, a cerca de 5 km da residência. Ele ficou dentro do veículo por aproximadamente quatro horas.
Câmeras de segurança de um prédio próximo ao colégio flagraram Marcelo saindo do carro, por volta de 6h20. Com uma mochila nas costas, ele aparece caminhando sozinho pela calçada. Naquela manhã, o jovem foi à aula normalmente e ao sair pegou carona com o melhor amigo e com o pai dele.
Já dentro do carro, o adolescente disse ter visto o carro da mãe e que iria falar com ela. Saiu, buscou algo e voltou. Ele foi deixado em casa no começo da tarde. A polícia acredita que Marcelo tenha cometido suicídio por volta das 13h. O corpo dele estava na mesma sala onde o pai e a mãe foram mortos.
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Amigo
Considerado uma testemunha importante no caso, o melhor amigo prestou um depoimento que foi esclarecedor para a polícia, de acordo com o delegado Itagiba Vieira Franco. “Sempre me chamou para fugir de casa, alegando que tinha o sonho de ser um matador de aluguel. Tinha um plano: matar os pais durante a noite, quando ninguém soubesse, fugir com o carro dos pais e morar em um local abandonado”, diz o depoimento. O delegado ainda acrescentou que ele manifestou essa vontade ao amigo repetidas vezes.
Família
Familiares de Luis Eduardo e de Andréia não acreditam na versão apresentada pela polícia. Um parente, que não quis ser identificado, disse que o menino seria “incapaz” de cometer os crimes.
— Uma criança doce, superinteligente, incapaz de fazer mal a qualquer ser humano.
Irmão do sargento, Fábio Pesseghini acredita que Luís Eduardo reagiria.
— Isso não existe [versão de que menino matou]. Um cara que tem 20 anos de polícia não ia deixar ser atingido por uma criança.
Questionado sobre as razões da polícia de sustentar a versão de que os PMs foram mortos pelo menino, ele disse que "não sabe se é politicagem da Secretaria de Segurança Pública, do DHPP, de quem seja". Disse ainda que os familiares não tinham informações de ameaças.
Investigações
Apesar de a polícia acreditar que a autoria dos crimes já tenha sido descoberta, as investigações continuam. O objetivo é saber se Marcelo teve ajuda de uma segunda pessoa para cometer o crime. Os investigadores também aguardam laudos da perícia. O inquérito ainda não tem data para ser concluído. 


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Fernando Mellis, do R7

O jovem Marcelo Pesseghini, de 13 anos, tinha pelo menos um grande desejo na vida: ser matador de aluguel, matar os pais e fugir com o carro deles. A revelação foi feita pelo delegado Itagiba Vieira Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), durante entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (6), na sede do departamento, no centro de São Paulo. Ele seria o autor da morte dos pais, que eram policiais militares, da avó e de uma tia-avó na casa da família, na Brasilândia, zona norte da capital.
“Sempre me chamou para fugir de casa, alegando que tinha o sonho de ser um matador de aluguel. Tinha um plano: matar os pais durante a noite, quando ninguém soubesse, fugir com o carro dos pais e morar em um local abandonado”, diz o depoimento do melhor amigo do adolescente. O delegado ainda acrescentou que ele manifestou essa vontade ao amigo repetidas vezes.

Segundo Itagiba, o amigo do adolescente nunca havia relatado essa história para ninguém, até as mortes ocorrerem. Ele foi ouvido nesta terça-feira, acompanhado do pai, que deu carona a Marcelo, após ele sair da escola.

Marcelo foi à escola na segunda-feira (5), horas após ter cometido os assassinatos do pai, Luís Marcelo Pesseghini, sargento da Rota, da mãe, a cabo Andréia Bovo Pesseghini, do 18º Batalhão da PM, da avó, de 65 anos, mãe de Andreia, e da tia-avó, de 55 anos. Segundo as investigações da polícia, todos foram mortos enquanto dormiam, com disparos na cabeça de uma pistola .40, pertencente à mãe do jovem.

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O delegado Itagiba Vieira Franco disse ainda que o inquérito não está concluído, mas tudo leva a crer que o filho do casal de PMs premeditou as mortes. Em depoimento, uma professora de Marcelo contou ter tido uma conversa com o garoto, na qual ele a indagou se ela alguma vez havia dirigido o carro dos pais e feito algo contra eles. Tal conversa foi “muito estranha”, de acordo com a professora.

sábado, 3 de agosto de 2013

Manifestantes acampam em frente à sede do governo de São Paulo em ato contra Alckmin

Com barracas, grupo de manifestantes acampa em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de SP
Ontem, cerca de 515 manifestantes participaram de um ato contra Alckmin. 
O protesto começou às 18h (horário de Brasília) em frente ao Masp, fechando os dois sentidos da avenida Paulista, e seguiu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio e ruas do bairro Bela Vista.
O ato terminou em confronto com a polícia quando um grupo de ao menos 100 pessoas tentou furar o bloqueio da PM e invadir a sede da Assembleia. Os manifestantes jogaram pedras e placas contra os PMs, que responderam com golpes de cassetete e gás de pimenta.
Também foram lançadas ao menos três bombas de gás lacrimogêneo contra o grupo.
Segundo a Polícia Militar, três pessoas ficaram feridas, sendo dois manifestantes e um PM. Um dos feridos também foi detido sob suspeita de agressão.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "vem pra rua contra o Geraldo", e segurava faixas com suas reivindicações. 
O grupo também pediu transparência nas contas do transporte paulista. Em panfletos, os organizadores criticaram a denúncia de formação de cartel nos contratos do metrô e a suspensão da licitação de ônibus em São Paulo.