quinta-feira, 17 de novembro de 2016

COISAS DA ESCOLA DE ANTIGAMENTE






COISAS DA ESCOLA DE ANTIGAMENTE
A lista do material escolar basicamente era composta assim:  Lápis de preferência da marca Fritz Johansen, borracha, estojo de lata ou madeira, papel celofane, cartilha, caderno tipo     brochura,   caderno  de   caligrafia,  de  desenho,  de linguagem, folhas de papel ao maço pautadas, vidrinho com cola Goma Arábica, caneta tinteiro (as mais famosas   eram Sheiffer’s   e  a Parker 21)  eu  tenho  uma   Parker  21  que funciona até hoje,  made in U.S.A.,  é idêntica a  2ª. na foto ao lado, de cima para baixo.   
Ah!!!  Eu ia esquecendo do mata borrão.
Na época tinha uma   régua de madeira que  já  vinha com a tabuada   impressa,   algumas  professoras  não deixavam  os alunos usarem.
Lembra da sabatina?  Existia coisa mais chata que a chamada oral ?
Tínhamos  que  decorar  os  afluentes   do   rio   Amazonas  da margem esquerda e margem direita. Eu sempre achei isso uma sacanagem !
E  quando  alguém  levava  um  trabalho datilografado  para a escola
(dactilografado= digitado com a máquina de escrever). Pois é, muitos alunos ficavam com inveja.
Por último, havia uma regra na escola que obrigava os alunos a se levantar e saudar todos  juntos  com um  bom-dia   ou  boa-tarde toda vez que o diretor ou a diretora entrasse na sala de aula.


Lembra dessa página ?
A outra se chamava só Cartilha Sodré,
escrita por Benedicta Stahl Sodré.
Décio Dias
Eu comecei a estudar no Grupo Escolar Azevedo Júnior, que foi fundado em 23 de junho de 1927 e funcionou na Rua Guararapes, 29, Vila Belmiro, Santos (SP). Minha classe era,  1º. grau masculino B,  no ano de 1961. Naquela época as classes dos meninos eram separadas das classes das meninas. As professoras tinham a liberdade de escolher o livro didático que trabalhariam. Minha professora, a Dona Maria Jardim, usava a Cartilha Sodré em vez de Caminho Suave. “A pata nada” é a 1ª lição da Cartilha Sodré, era a cartilha “verdinha, com uma menina com trancinha na capa.”
E era meio quadrada, mais curta e mais larga do que um livro padrão.
Quantos não foram alfabetizado por ela, hein?
A garotada de hoje talvez nem saiba
da existência dessa cartilha, que alfabetizou e iniciou a leitura de milhões de brasileirinhos nos anos 40, 50, 60 e até mais adiante, pois a Cartilha Sodré foi produzida (com atualizações) até os anos 80.
Bons tempos... em que a
professora era nossa segunda mãe.
Mas na vida tudo se renova,
inclusive os conceitos.
Não foi possível localizar a editora que publicou
as primeiras edições, cuja 1a. edição é de 1940.
A partir da 46a. edição, de 1948, a Cartilha Sodré passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional. Conforme dados da editora, de 1948 até 1989, data da última edição,
a 273a., foram produzidos 6.060.351 exemplares.
Em 1977, ela foi remodelada por Isis Sodré Verganini.
 Além da alteração no formato da cartilha, e foram
acrescentadas mais de 30 páginas. 

MINHA CLASSE - ANO 1962 - 2º GRAU MASCULINO
“GRUPO ESCOLAR AZEVEDO JUNIOR” – Santos (SP)
PARECE O CLUBE DO BOLINHA “MENINA NÃO ENTRA”
(A NÃO SER A PROFESSORA)

Cadernos
Existiam vários cadernos, de acordo com sua ocupação. De linguagem, de desenho, de tarefas, de ocupação, e outros mais..
Era arrancar uma folha e, despencar o caderno inteiro.
Meu caderno vivia cheio de “orelhas”.
O caderno era o de brochura (capa e conteúdo grampeados pelo centro).
Só no Ginásio era usado o caderno espiral.
Escrever bonito... Não era o meu forte
Esse é um Caderno de Caligrafia dos anos 60
Tínhamos que treinar para ter a letra bonita (redondinha).
Será que os médicos não tinham essa matéria no antigo
Grupo Escolar ?
Aprender tabuada nesse livrinho...
Eu detestava fazer as contas de dividir e multiplicar, que
a criançada do Grupo Escolar chamava de conta de “vezes”.

Lembra dessa página ?
Antes de continuar, uma  pausa, que tal um Toddy preparado com Leite Vigor, ou uma garrafinha de Guaraná Champagne Antarctica, geladinha, acompanhado de pão com  Margarina Saúde. Ah ! não esqueça de verificar se a garrafa de guaraná tem o selo (lacre) na tampinha.


VAMOS CONTINUAR A VIAGEM
Livros
Até meados dos anos 60, pelo menos, havia uma espécie de "vestibular" para entrar no Ginásio. Era comum a criançada do 4º ano primário fazer um cursinho visando preparar-se para o exame de "Admissão
ao Ginásio". Incrível, não?



1ª. Série ginasial
2ª. Série ginasial
Lançado em 1970
3º ano do curso colegial
O famoso Atlas Geográfico



Estojo e caixinha de lápis de cor
Estojos (de lata) dos
anos 50/60

Caixinha (de papelão) com Lápis de cor. Naquela época todo mundo tinha uma dessa, pois era a mais barata, porque os lápis eram curtinhos.
 Repare que a palavra “futebol” tinha acento agudo.
Tudo indica que a foto do jogo foi tirada no Pacaembu, em São Paulo. A concha acústica, no fundo, foi demolida em 1969, sob alegação de falta de utilidade (destinava-se a apresentações musicais e culturais). No seu lugar foi construído um lance de arquibancadas, chamado de "tobogã", que aumentou bastante a capacidade do estádio. 
A cada ano que passava aumenta o número de matérias .
Tínhamos aulas de Canto Orfeônico era uma atividade
musical   coletiva   que os estudantes   praticavam nas
Escolas   públicas,   nos  anos  50  e  60.    Não   exigia
Conhecimentos  musicais  mais   apurados  nem tinha
exigência  quanto  ao timbre  e  qualidade  de  voz dos
alunos.   Todos deviam participar.
Também tínhamos aulas de:    Desenho, Linguagem, Religião, Educação Moral e Cívica, Matemática,  que  a  turma chamava de  Aritmética,  e  na década  de  60 veio  o  Movimento da Matemática  Moderna  (MMM),  que foi até a década de 70. Foi  um  movimento  internacional  do  ensino de matemática que se baseava na formalidade e no rigor dos fundamentos da teoria dos conjuntos e da álgebra para o ensino e a aprendizagem de Matemática.
Tínhamos   “Estudos   Sociais”   aquela   matéria  que,    que   englobava Geografia, História e EMC (Educação Moral e Cívica) — que depois virou OSPB (Organização Social e Política do Brasil)  e  outras  matérias  mais que eu não lembro.
Apresento a frente, cartilhas mais antigas ainda,
do tempo da alfabetização de nossos pais!
(décadas de 20 a 40)
Esta é a de edição 116ª.  de 1939. São Paulo Melhoramentos. Teve ampla adoção nas escolas.
1a. edição, 1928 e última, a 2.204a. edição, 1994.
 Esta é a de edição 10ª.  de 1928, publicada pela Monteiro Lobato & Cia. Editores. De 1928 a 1940 ela foi reeditada pela Companhia Editora Nacional, a qual informou que foram produzidos 43.575 exemplares nesse período.
Há uma apresentação dessa cartilha, datada de 11 de fevereiro de 1932, data provável da 1a. edição. A partir da 5a. edição, de 1935, a Cartilha Fácil passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional, atingindo nessa editora a tiragem de 332.105 exemplares até sua última edição, a 40a., de 1957.
Esta é da 47ª. Edição, ano 1944, São Paulo Melhoramentos. Destinada ao público do interior e do meio rural, para alfabetização rápida. A 1ª. Edição da cartilha Na Roça, é de 1935, e teve 133 edições até 1958. Conforme dados da editora, foram produzidos 278.000 exemplares
Esta da foto é da 48a. Edição de 1960. A 1a. edição é de 1954, publicada pela Companhia Editora Nacional, a qual informou que foram produzidos até a última edição, a 78a., de 1967, 716.525 exemplares.
Esta é da 12a. Edição de 1970. São Paulo Melhoramentos. A 1a. edição é de 1957, cuja tiragem foi de 1.000.000 de exemplares. Até 1970, data da última edição, a 12a., foram produzidos 2.070.000 exemplares.
Esta é de 1955, São Paulo: Melhoramentos. Foi inicialmente publicada pela editora Melhoramentos, em 1955, permanecendo até a 14a. edição, de 1972, com um total de 741.000 exemplares
A partir de 1972 a cartilha passou a ser editada pela editora Lotus e é quando aparecem também as co-autoras Arminda Cecília Bueno dos Reis Amoroso e Angela Maria Bueno dos Reis Amoroso, filhas de Cecília Amoroso. A mudança de editora marca a alteração no formato e no conteúdo da cartilha, que aumentou de tamanho e recebeu muitos exercícios e atividades, aumentando também o número de páginas. Em 1979, na 17ª edição, a cartilha começou a ser publicada pela Editora Saraiva.
Mata borrão






 E então, amigos...
Mataram as saudades?
Bons tempos, heim !!!!
Bem, vocês me desculpem mais agora eu tenho que ir embora, vou pegar o Bonde 37, até o centro de Santos 
e fazer umas comprinhas nas “Lojas Sears”e “Discopa”, e mais tarde vou assistir o filme do “Tarzan” no cine Atlântico, no Gonzaga. 
Tchau garotada !!!!
Se você não lembra ou não viu nada disso que foi apresentado, pergunte a esses personagens abaixo que eles lembram de tudo.
PIU-PIU HOJE COM 61 ANOS
SUPER-HOMEM COM
66 ANOS
HOMEM-ARANHA HOJE COM 60 ANOS
MULHER MARAVILHA COM 60 ANOS
BATMAN E ROBIM
BARBIE HOJE COM 51 ANOS



































Um comentário:

  1. Que viagem,amigo.Apesar de não ter vivido esses tempos sou fascinada por coisas do passado,pois,só escutava comentários da minha mãe e dos meus tios e ficavam imaginando.Parabéns !

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