segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Memorável tomada do Complexo do Alemão


Comunidade do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 29/11/2010. Foto: Robson Fernandjes/AE
Movimentação de policiais durante a invasão da favela da Grota no Complexo do Alemão. 28/11/2010. Foto: Wilton Júnior/AE
complexo do Alemão, na noite de domingo, 29/11/2010. Foto: Marcos Arcoverde/AE


Policiais colocam bandeira do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro no topo do teleférico da Estação Alemão, no Rio de Janeiro. 28/11/2010. Foto: Fábio Motta/AE
Helicópteros sobrevoam o Complexo de Favelas da Penha. RJ. 26/11/2010. Foto: Tasso Marcelo/AE


BOPE entra na Vila Cruzeiro a procura dos traficantes do Comando Vermelho, RJ. 26/11/2010. Foto: Felipe Dana/AP


Mulher dorme, enquanto policias fazem operação na Favela do Jacarezinho, no Rio. 25/11/2010. Foto: Silvia Izquierdo/AP
População corre em busca de lugar seguro no bairro da Penha. 25/11/2010. Foto: Fabio Motta/AE

Veículos blindados da Marinha da Brasil, ocupam a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. 25/11/2010. Foto: Tasso Marcelo/AE
Veículos blindados da Marinha do Brasil foram utilizados pelo Bope. 25/11/2010. Foto: Tasso Marcelo/AE
Familiares e amigos rezam durante velório de Rosange Barbosa Abreu, de 14 anos. A garota foi morta atingida por uma bala perdida dentro de sua casa, na Vila Cruzeiro. 25/11/2010. Foto: Paulo Vitor/AE
Ônibus é incendiado na Favela do Rio Comprido, no Rio. 25/11/2010. Foto: Silvia Izquierdo/AP
Bombeiros apagam fogo de ônibus incendiado por traficantes na Favela do Rio Comprido, no Rio. 25/11/2010. Foto: Silvia Izquierdo/AP


Vila Cruzeiro é apontada como um dos principais refúgios de traficantes do Comando Vermelho (CV). 25/11/2010. Foto: Tasso Marcelo/AE
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Que Acontece com a Polícia Brasileira?

Não é de hoje que a polícia militar dos estados da federação são alvo de reclamações por ações truculentas. Mas desde as manifestações que se intensificaram no primeiro semestre, o despreparo se acentuou de maneira tal, que até órgãos internacionais dos direitos humanos se pronunciaram contra.




Mas o que faz um policial, que na teoria está lá para proteger e servir (o cidadão e a sociedade) se descontrole ao ponto de torturar e agredir civis desarmados e que, na maioria das vezes sequer representam ameaças? A mando de quem?



Muitas vezes contando com a própria subserviência da mídia, atrelada a seus compromissos com prefeitos e governadores eleitos com a ajuda de veículos de imprensa, os disparates foram se multiplicando e passando para o público que era um guerra da sociedade contra “vândalos”. Depois, contra os “mascarados” (sim, porque para os maganos da mídia tupiniquim, máscara é sinônimo de covardia), em especial os Black Blocs. Políticos não usam máscaras, mas agem como delinquentes, e ainda assim, pouco se ouve sobre suas atividades criminosas.



E os protestos sempre foram (com raras exceções) por motivos justos. Desde transporte público de qualidade, até reivindicações salariais, passando por cobranças aos políticos. A pergunta é: de que lado está a polícia militar?
Não se discute o dever de se proteger o patrimônio público, defender transeuntes e evitar eventuais crimes. Mas é só até o capítulo 2 que vai o trabalho da corporação. Muitos começaram a tomar gosto pela liberdade ilimitada de agredir, brutalizar sem medo de eventuais punições. Quando acontecem são apenas medidas administrativas.



INFILTRADOS
Longe de conseguirem manipular a opinião pública (mesmo com a ajuda da mídia), os policiais resolveram tentar outra técnica, digna da Gestapo de Hitler: infiltrações. Passamos a conhecer os P2, indivíduos que se fazem passar por integrantes das passeatas nas ruas, pra depois ‘tacar fogo no circo’.



Graças a mídia independente (a Ninja, por exemplo), junto com a blogosfera (como sempre) difundindo conteúdo nas redes sociais (viva a internet, amigo!) as pessoas puderam ter acesso a real situação das ruas.



Um a um, os P2 foram expostos à luz das mentiras contadas de maneira contundente, para ganhar simpatizantes, mas que tomaram o caminho oposto. Com isso, a truculência só aumentou.



ENQUANTO ISSO, NO RIO...
A gota d’água foi a manifestação dos professores da rede municipal do Rio de Janeiro, que foram covardemente atacados pela força de repressão do governo Cabral. Tanto ele, o pseudo governador, quanto o prefeito Eduardo Paes são amigos de carteirinha, portanto é comum um proteger ou blindar o outro. A Globo, que apoiou a eleição de ambos, também faz a linha de “olhar para o outro lado”, mas com a repercussão negativa de sua linha editorial durante os últimos meses junto à população (“O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”), a direção da casa achou por bem, defender os dois, mas com cautela.



Ver professores, que são constantemente achincalhados pelo sistema, vilipendiados pelas autoridades e menosprezados por muitos do corpo discente, apanhar de policialzinho, capacho do sistema é lamentável.



Um verdadeiro policial militar deveria apoiar os grevistas, endossar as reivindicações e engrossar o coro dos excluídos. Acabaram optando pelo lado errado da força. Pena.
Há os que os defendam alegando que eles não tinham opção. São funcionários do governo. Bom, os professores também; e nem por isso se omitiram de lutar contra a dura e triste realidade.



Os Black Blocs deram a ‘cara à tapa’, uma atitude que incomoda muita gente. É inegável também que houve excesso, como sempre acontece. Mas foram estes mesmos “encapuzados” que se entrepuseram no conflito da PM e dos manifestantes em greve.
O que ficou difícil aceitar, em mais uma prova cabal da hipocrisia do sistema, foi a imposição de se usar máscaras por parte dos cidadãos durante manifestações e protestos; mas havia vários integrantes da Polícia que usavam a famigerada “touca ninja”, dificultando reconhecimento.




Os “Blocs” chamaram para si o confronto que era inevitável (em momento algum o prefeito quis dialogar e a ação militar era iminente, portanto...). Mesmo assim, houve abusos, truculência, provocações e, como sempre, impunidade. Comum encontrar nas redes sociais provocações por parte de algum PM aos professores.





Faz com que tenhamos sérias dúvidas com relação à seleção desses “profissionais”. Existe um exame psicotécnico para admiti-los? São periodicamente analisados ou passam por processos de reciclagem? Há pessoas que fiscalizam suas ações nas ruas? Difícil dizer. Parece claro que sua profissão é estressante; o que não fica claro é o porquê de descontarem suas frustrações na população (cidadãos desarmados) se poderiam evitar postura tão beligerante.

Talvez se houvesse um mínimo de consciência política por parte dos nossos colegas da corporação...Os grevistas protestavam por algo justo. Algo que interessa, e muito, aos PMs: SALÁRIO JUSTO E DIGNO.



Se era inevitável a violência por parte deles, deve-se dizer que os policiais bateram nas pessoas erradas.

Fonte: