sábado, 31 de dezembro de 2011

Começa a grande aventura da televisão (3)


Chegada do Homem na Lua
Em Julho de 1969, os primeiros homens pisam na Lua. Como os demais brasileiros e telespectadores de muitos outros países, acompanharam a aventura de Neil Armstrong, Aldrin e Collins, numa transmissão ainda em preto-e-branco conjunta das emissoras Tupi e Globo. Isso foi possível porque o Brasil havia inaugurado, meses antes, as estações de Tanguá e Itaboraí, para comunicações via satélite, e em 1968 já havia colocado em operação a Rede Nacional de Microondas, com o sistema de transmissão por satélites Telstar.
O homem na lua - 1969
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Marlene Dietrich
Fez sua primeira aparição em televisão na TV Tupi do Rio de Janeiro em 1959.

No estúdio não entrava ninguém, somente a orquestra e os membros da equipe.
Naquela noite toda a TV mais movimentada do que nunca, Marlene Dietrich ia cantar. O show estava marcado para às 10 e 1/2 da noite.
Na salinha de auditório um aparelho de televisão estava ligado, as cadeiras completamente ocupadas, gente sentada no chão e em pé. Havia uma imensa curiosidade.
Jací Campos (popular diretor e produtor da televisão, conhecido por "Câmara 1") apareceu em cena, vestindo smoking e servindo como mestre de cerimônia para apresentar Marlene.
O cenário era bonito e simples: apenas uma cortina clara e um candelabro.
Então surgiu a bela figura esguia de Marlene Dietrich.
Olhou para a câmara de televisão e disse "Hello", com aquela voz grave e acariciante.
A personalidade de Marlene conquistou logo o auditório.
A estrela respondia em inglês, Jací Campos traduzia para o público e fazia novas perguntas. Marlene sorria e falava sobre sua vida, sua carreira, como começou, sobre Joseph Von Sternberg, sobre América, sobre ter sido soldado na guerra, sobre medalhas que recebeu...
Cantou "Falling in Love Again", "The Boys in the Backroom".

No Intervalo
Marlene apresentou-se com um vestido de lamé dourado, de mangas compridas, sem decote e sem transparência, na época, seria impossível na televisão usar um de seus vestidos de gaze, postos por sobre o corpo.
Depois veio uma bouquet de palmas coloridas. Marlene sorriu. Cantou mais uma vez. Falou com Jací Campos. Despediu-se. Deu as costas para a câmara e foi embora.
O corredor do estúdio estava cround e opened way quando ela passou.
Rapidamente foi para o seu camarim, largando atrás de si uma onda de curiosidade e admiração.
Na rua havia uma multidão esperando por ela. Para poder sair Marlene teve que ser auxiliada pela Polícia de Choque. Ela, porém, foi mais esperta. Atravessou, pelo segundo andar, um terraço que ligava os dois edifícios da então TV Tupi (antigo Cassino da Urca) e saiu no outro edifício. Pegou um carro, ligeiramente, e se foi.
Texto: MAX EDUARDO ZIEMER



Os Jackson 5 no Brasil
Em 1974, o Jackson 5 veio ao Brasil e fez uma apresentação na TV Tupi., a Tupi já passava o desenho animado dos Jackson Five na sua programação.
Michael Jackson, então com 16 anos, passava por uma mudança na voz.
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Os Jackson nos estúdios da Tupi - 1974
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O desenho animado dos Jackson 5
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Programa Roberto Carlos
O Programa de Roberto Carlos em 1966 e seus convidados.
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A modelo Iris Letieri e o cantor norte americano Earl Grant
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Esportivo
Comendo a Bola
Replay
Rede Tupi de Notícias - Esportes
Redação Esportes

Eventos Esportivos
Copa do Mundo de 1970
Copa do Mundo de 1974
Copa do Mundo de 1978
Futebol Dente de Leite

Carnaval
Já no início a Tupi transmitiu muitos bailes de carnaval na década de 1950 em São Paulo e direto da TV Tupi do Rio de Janeiro, desfiles do grupo Especial e do grupo de Acesso.
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Carnaval 1980 - Desfile do Grupo A do Rio de Janeiro a última transmissão da Tupi de carnaval
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Infantis
Aventuras do Carequinha
Clube do Capitão Aza
Também na programação infantil a TV Tupi se destacou com o Clube do Capitão Aza, programa diário de segunda a sexta-feira, interpretado por Wilson Vianna, criado em 1966, onde os clássicos do desenho animado como Speed Racer e séries como Ultraman e Ultraseven foram apresentadas.
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O herói Ultraman
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O Capitão AZA, é assim mesmo com Z, comandava a gurizada. AZA era um experiente piloto da FAB. Em plena ditadura militar, o personagem foi criado como homenagem a um falecido herói da FAB, chamado Azambuja, que lutou na Segunda Guerra Mundial, conhecido por AZA entre os colegas do Circo Bombril.
A chamada:
“… Alô, alô Sumaré! Alô, alô Embratel! Alô, alô Intelsat 4! Alô, alô criançada do meu Brasil!, aqui quem fala é o Capitão Aza, comandante e chefe das forças armadas infantis deste Brasil”.
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Assim começava o programa do Capitão AZA. Ele era o ídolo da molecada. Programa diário, de segunda a sexta, ficou no ar durante 14 anos, apresentando desenhos animados e séries hoje consideradas clássicos como: A FeiticeiraJeannie é um GênioSpeed Racer e Corrida Maluca.

Nota: O apresentador ao mencionar "Sumaré", referia-se à estação da TV Tupi, instalada no morro do Sumaré no Rio de Janeiro. Coincidentemente, em São Paulo, o bairro onde ficavam as instalações da TV Tupi, também era no Sumaré.

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Clube do Mickey
Apesar do show ter se tornado popular, ABC decidiu cancelar o show depois da quarta temporada com a Disney. O cancelamento em 1959 foi atribuída por fatores diversos: Os estúdios da Disney não realizaram margens de altos lucros por vendas merchandise, os diretores ficaram desinteressados no programa de educação para crianças, e muitos comerciais foram necessários para pagar o show. Depois de cancelar The Mickey Mouse Club, ABC também recusou deixar a Disney Show ir ao ar em outra emissora. Walt Disney colocou um processo em cima da ABC, e ganhou os prejuízos; de qualquer modo, ele teve que concordar que ambos, Mickey Mouse Club e Zorro não podiam ir ao ar em outra emissora importante.
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Clube da Gurilândia
Estreou em 1955 à 1976, oriundo do rádio. Inicialmente chamava-se Gurilândia. Ficou no ar durante 21 anos. Misturava crianças-prodígios e mães corujas vigilantes.
A meninada cantava com Ângela Maria e Dalva de Oliveira, declamava versos de Castro Alves e tocava instrumentos.
A abertura de Gurilândia era um hino que todos sabiam de cor:
"Unidos pelo mesmo ideal/ Daremos ao Brasil um canto triunfal/ De fé, amor e esperança/ Elevando a alma de criança."
A cantora Sônia Delfino, aos nove anos, foi o cartão de visita do programa. Dava autógrafos para outras crianças, fazia anúncios de produtos.
Nessa mesma época outra criança foi contratada no Clube do Guri do Rio Grande do Sul: Elis Regina.
Outras artistas e cantoras famosas se apresentaram na Gurilândia, como Wanderléia, Rosemary, Neide Aparecida, Leni Andrade e Elisângela.
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Programa Clube do Guri
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Clube do Guri em Porto Alegre - RS, patrocínio da Neugebauer
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Teatrinho Trol
Dez anos de sucesso de 1956 à 1966 do programa infantil da Tupi, onde eram encenadas histórias clássicas como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela. O Teatrinho Trol tinha bruxas e princesas, castelos e florestas encantadas, gelo seco e neve de sabão, óperas e boas histórias do teatro e da literatura mundial. No início o Teatrinho Trol era feito ao vivo, com quatro ou cinco cenários diferentes, trocados na maior correria nos intervalos. Depois passou a ser feito em vídeoteipe. 
Moacyr Deriquem era ator e produtor do programa.
Interpretaram,  Fábio Sabag, Fernanda Montenegro, entre outros.
Norma Blum era atriz, que costumava fazer o papel de princesa ao lado de Roberto Cleto, o príncipe. Participaram também como princesas:
Carmem Silva Murgel, Íris Bruzzi e Neide Aparecida.
A bruxa era Zilka Salaberry, adorada pela garotada.
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Humorísticos
A Bola do Dia
Alô, Doçura!
Apertura
Balança Mas Não Cai
A Escolinha do Ciccilo
Ministério das Relações Domésticas
Trapalhadas do Oscarito
Uma Pulga na Camisola
Os Trapalhões
"Os Trapalhões", que apareceram na TV Excelsior e 1966 com o título "Adoráveis Trapalhões", porém formados por Renato Aragão, Dedé Santana, Ivon Cury, Ted Boy Marino e Vanusa. Durante o final dos anos 1960 e início de 1970, na TV Record, eram chamados de "Os Insociáveis" (sem Ivon Cury, Ted Boy Marino e Vanusa, mas já com Mussum).
No início da década de 1970, a TV Tupi estreou um novo humorístico "Os Trapalhões", no formato que a TV Globo iria absorver, com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.
Com piadas que zombam dos estereótipos e jargões, como
Ô, psit,
Ô, da poltrona,
Camuflar,
Cuma?,
Poupança,
Até 1975, ficaram na Tupi, mas em 1976 eles foram para Rede Globo, nas tardes de domingo durante anos.
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Os Trapalhões
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Jornalísticos
O Jornalismo da TV Tupi era constituído basicamente por entrevistas e programas de debate. O noticiário era ainda muito calçado nas notícias retiradas de jornais. Em meados dos anos 1950 começaram a aparecer as equipes de reportagem da TV em busca das notícias com reportagens filmadas em 16 mm (câmeras de cinema, pois as câmeras de TV eram muito grandes e pesadas para saírem do estúdio).

No Jornalismo, o programa pioneiro foi o “Imagens do Dia”, exibido logo no segundo dia da TV Tupi e que não possuía horário fixo (ia ao ar entre 21h30min e 22h). O grande telejornal do Tupi nasceria somente no dia 1/4/1952: o “Repórter Esso”, originado do radiojornal homônimo. Muitos fatos marcantes foram registrados pela “testemunha ocular da história” (slogan do telejornal), que também trazia os destaques internacionais da agência UPI. Cada emissora Associada possuía um locutor diferente na condução do noticiário. O “Repórter Esso” permaneceu no ar até 1970, depois de sofrer com a fortíssima concorrência do primeiro telejornal transmitido em rede nacional do Brasil: o “Jornal Nacional”, da TV Globo.
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Caminhão de externa da TV Tupi no Clube Banespa, para transmitir os "Bailes de Carnaval" que na época eram famosos - 1954
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Abertura
Aqui e Agora, O Povo na TV
Diário de São Paulo na TV
Edição Extra
Apresentado por Mauricio Loureiro Gama e José Carlos de Morais (o tico-tico), diariamente ao meio dia.
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José Carlos de Morais (o tico-tico)
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Imagens do Dia
Jornal da Tupi
Mappin Movietone
Rede Tupi de Notícias
Repórter Esso
No jornalismo a TV Tupi repetiu na tela o sucesso do Repórter Esso, que marcou época no rádio brasileiro a partir de 1941. Os locutores Heron Domingues e Gotijo Teodoro entravam no ar com as últimas notícias nacionais e internacionais ao som de um dos mais famosos prefixos musicais da história do rádio e televisão brasileiros. O famoso telejornal "O Repórter Esso" (que ficou 18 anos no ar).
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Os três eram seis Patetas

Telenovelas
Telenovela - foi invenção da Tupi, que as exibia em capítulos semanais e era capaz de  ousadias como mostrar beijo na boca. Foi em 1951, na novela Tua Vida Me Pertence, que Vida Alves deixou-se beijar pelo galã Walter Forster.

A primeira Novela foi, “Sua Vida me Pertence” (1951), protagonizada por Walter Foster e Vida Alves. Nessa novela, também foi feito o primeiro beijo da TV brasileira, que não passou de um simples “selinho”, mas que, mesmo assim, causou grande impacto na sociedade conservadora da época. Foram apenas 20 episódios de, em média, quinze minutos cada um, ao vivo, exibidos duas vezes por semana.
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Vida Alves e Walter Foster
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Teleteatro - a TV de Vanguarda foi o principal programa de teleteatro da TV Tupi. Encenava peças brasileiras e estrangeiras, se transformando no mais importante laboratório para formação de atores, diretores, e muito mais técnicos da TV.

“O Grande Teatro Tupi” estréia em 1951 e faz história apresentando adaptações dos maiores clássicos do teatro e da literatura internacional, além de lançar na TV grandes nomes como Bibi Ferreira, Cacilda Becker, Cláudio Marzo, Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Francisco Cuoco, Glória Menezes, Maria Della Costa, Nathália Timberg, Procópio Ferreira, Rolando Boldrin, Sérgio Britto (que também foi, por algum tempo, diretor do programa), Tarcísio Meira e Zilka Salaberry. Outros teleteatros de sucesso foram “TV de Vanguarda” (1952), “Câmera Um” (1956) e suas histórias de terror, além do infantil “Teatrinho Trol” (1956).
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1964 - Teleteatro "Teatro de Comédia"
Direção: Odair Marzano.
Elenco: Ida Gomes, Carlos Koppa, Francisco Milani, Castro Gonzaga e Yara Sarmento.

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1952
Um Beijo na Sombra
Noivado nas Trevas
Meu Trágico Destino
De Mãos Dadas
Sítio do Picapau Amarelo
O Sítio do Picapau Amarelo foi o programa infantil de 1952. O valoroso e contínuo Sítio, escrito por Monteiro Lobato, era recheaado de personagens inusitados, era fonte de imaginação para as crianças. Nessa época, direção de Júlio Gouveia, o programa foi considerado pela crítica como o que de melhor existia e fazia em gênero infantil na TV. Lucia Lambertini foi a Emilia do sitio do Pica Pau Amarelo. Um dos grandes programas da televisão dos domingos pela manhã dos anos 1950.
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1964
O Direito de Nascer
O primeiro mega sucesso em telenovelas aconteceu , em 1964, com “Direito de Nascer” de 1964 - Original Cubano de Félisi Caignet, antigo sucesso do rádio, adaptado pela Tv Tupi que em 176 capítulos fez o público brasileiro chorar até não poder mais e transformou o elenco em celebridades, desfilando em carros de bombeiro por várias cidades. No papel principal, uma das grandes damas da arte de representar no Brasil, Nathalia Timberg, deu vida – e que vida- à trajetória dramática da irmã Maria Helena e seu filho enjeitado. A trama caiu tanto no gosto popular que virou marchinha de carnaval.
Curiosidade: na hora de sua exibição o consumo de água e energia diminuía consideravelmente, em todas as cidades em que foi exibida.
No Rio de Janeiro, seu capítulo final foi representado ao vivo no estádio do Maracanã!
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Tupi - 21h30
282 capítulos
De 7 de dezembro de 1964 a 13 de agosto de 1965
Novela de Talma de Oliveira e Teixeira Filho
Baseada no original de Félix Caignet
Direção de Lima Duarte, José Parisi e Henrique Martins
A estória:
Havana, Cuba, 1899. A jovem Maria Helena de Juncal, filha de um dos homens mais importantes e poderosos de Havana, Dom Rafael Zomora de Juncal, está apaixonada por Alfredo Martins, filho de Dom Ramiro Martins, ex-sócio e inimigo do pai da moça. Eles sempre se encontram às escondidas e a única pessoa que sabe desses encontros é a negra Dolores, confidente de Maria Helena e empregada dos Juncal há muitos anos. Em uma de suas conversas, Maria Helena revela o que Dolores já desconfiava: a menina engravidou de Alfredo. As duas se desesperam, pois Dom Rafael jamais aceitaria esse neto bastardo.
Alfredo não aceita o filho e sugere aborto, deixando Maria Helena revoltada, pois quer ter o filho de qualquer maneira. Seus pais ficam sabendo da gravidez e Dom Rafael, revoltado, exige saber o nome do amante da filha. Maria Helena não diz, ele a surra e amaldiçoa o próprio neto. Ao descobrir que Alfredo Martins é o pai da criança, Dom Rafael obriga o rapaz a casar com sua filha, mas Maria Helena não aceita e ele manda Dolores e Maria Helena para uma de suas fazendas, onde ninguém poderá descobri-las. Dom Rafael instrui seu criado Bruno para que o chame apenas dias antes do parto.
A criança nasce um menino, que é chamado de Alberto. Dom Rafael ordena que Bruno mate o bebê. Enquanto Maria Helena e Dolores dormem, Bruno rouba a criança e foge para o cafezal. Dolores desperta e pressentindo o que está para acontecer, sai correndo pela casa, rouba uma arma de Dom Rafael e vai atrás de Bruno pelo cafezal. Dolores encontra Bruno com uma faca tentando matar Albertinho no meio da mata. Ela atira em Bruno, que cai desmaiado, enquanto ela foge com o bebê. Maria Helena acorda, procura por Dolores e Dom Rafael diz que ela fugiu com a criança.
Maria Helena volta para sua casa em Havana e não é mais a mesma menina, está triste e angustiada, não se conforma com o ato de Dolores. O casal Juncal faz de tudo para que ela se alegre e esqueça do passado. Maria Helena conhece Jorge Luís, afilhado da Condessa Victória, uma das maiores fortunas de Havana. Apesar de namorar Emília, melhor amiga de Maria Helena, Jorge Luís se apaixona por Maria Helena e marcam o casamento. A família Juncal está novamente feliz, pois parece que Maria Helena encontrou seu caminho. Mas ela conta seu segredo a Jorge Luís e ele rompe, casando-se enfim com Emília. Dom Rafael fica irado e abandona Maria Helena na porta de um convento.
Dez anos se passam, Dolores e Albertinho moram agora em Santiago e começam a surgir problemas: na escola os amigos de Albertinho vivem dizendo ao garoto que Dolores não é sua mãe pois ela é negra e ele branco. Apesar de tudo Albertinho ama muito Dolores e a trata como mãe, Mamãe Dolores. Dom Rafael descobre Dolores e Albertinho, e eles fogem para Havana. Maria Helena, já uma freira, continua muito triste pensando em seu filho. Na mansão dos Juncal ocorre os preparativos para o casamento de Dora Juncal, irmã mais nova de Maria Helena, e Ricardo Monte Verde.
Por uma coincidência, Jorge Luís se encontra com Albertinho, que lhe presta um favor. Albertinho convida Jorge Luís para ir a sua casa. Convivendo com a família, começa a desconfiar que ele é filho de Maria Helena. Jorge Luís acompanha o crescimento e banca os estudos de Albertinho em Havana que se torna um famoso médico.
Anos depois, Dom Rafael sofre um acidente grave precisando de transfusão de sangue. Albertinho, já médico formado, ouve a notícia no rádio, se oferece como doador e salva a vida do homem, sem saber que ele é seu avô. Os anos e ironias da vida mostrarão que Dom Rafael, o avô poderoso, estava errado. O neto bastardo o salva da morte e acaba se casando com sua neta, Isabel Cristina.
Este original cubano de 1946 é sempre lembrado por ter os ingredientes necessárias para chegar às emoções do ser humano. Sua história, por incrível que  pareça, não apresenta nenhum mistério que o telespectador só saberá ao final. Ao contrário, o público é quem sabe de tudo. Os personagens em cena se entrelaçam sem se conhecer suficientemente para admitir seus laços familiares. A expectativa se restringe em ver a reação de cada um ante novas revelações.
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Isaura Bruno e Amilton Fernandes
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Para proteger o recém-nascido da adoção por estranhos a empregada negra da família Maria (Mamãe) Dolores foge com ele e o cria como seu filho até sua formatura.
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O encerramento desse primeiro grande sucesso da teledramaturgia teve uma festa no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo, e no dia seguinte, a façanha seria repetida com maior repercussão no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O estádio superlotado dava uma mostra do poder das novelas sobre as massas. Numa espécie de neurose coletiva, o povo gritava o nome dos personagens e chorava por Mamãe Dolores, Maria Helena e Albertinho. Nesse tumulto, a atriz Guy Loup (que passou a assinar por um bom tempo o nome de sua personagem, Isabel Cristina) chegou a desmaiar ante a emoção. Na verdade, nenhum ator brasileiro, em qualquer época, tivera as honras de tanta ovação.
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Nathalia Timberg e Amilton Fernandes
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Antes da apresentação na TV, O Direito de Nascer já havia sido sucesso no rádio.
Em São Paulo, através da Rádio Tupi, com Wálter Forster interpretando Albertinho Limonta.
No Rio de Janeiro, através da Rádio Nacional, sendo a voz do protagonista interpretada por Paulo Gracindo. Ambas as apresentações são da década de 50.
Nos anos 1960, a TV Tupi ainda não era uma cadeia de televisão. A Tupi de São Paulo era independente da Tupi do Rio de Janeiro, e havia uma forte desavença entre as duas estações.
Essa divergência gerou um fato curioso:
O Direito de Nascer era produzida pela Tupi paulista, e como o diretor da Tupi carioca não queria prestigiar programas realizados em São Paulo, a Tupi carioca não transmitia a novela. A atração foi então apresentada pela TV Rio, onde conquistou o maior sucesso e levou os índices de audiência da estação às alturas.
Daniel Filho menciona em seu livro O Circo Eletrônico:
"Grande sucesso no rádio, a Tupi do Rio de Janeiro não aceitou colocar O Direito de Nascer no ar. Mas o Boni, pessoalmente, junto com o Wálter Clark, comprou os direitos da novela. Félix Caignet, o autor cubano, que vivia no México, quis receber o pagamento em dinheiro vivo. Dercy Gonçalves e David Raw foram os portadores dos dólares, que viajaram costurados no casaco de pele da Dercy, e trouxeram os textos originais. A TV Record de São Paulo não se interessou pelo Direito de Nascer, mas Cassiano Gabus Mendes, diretor da TV Tupi, aceitou produzir a novela para exbição em todo o Brasil, deixando a praça carioca para a TV Rio".
A novela teve dois remakes: o primeiro produzido pela própria Tupi em 1978, com Eva Wilma e Carlos Augusto Strazzer vivendo Maria Helena e Albertinho Limonta.
O segundo remake foi gravado em 1997 e apresentado em 2001 pelo SBT, com Guilhermina Guinle e Jorge Pontual como protagonistas.
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Elenco:
NATHÁLIA TIMBERG - Maria Helena
AMILTON FERNANDES - Albertinho Limonta
ISAURA BRUNO - Mamãe Dolores
GUY LOUP - Isabel Cristina
JOSÉ PARISI - Dom Jorge Luís Belmonte
ELIZIO DE ALBUQUERQUE - Dom Rafael Zamora de Juncal
MARIA LUIZA CASTELLI - Conceição
ROLANDO BOLDRIN - Dom Ricardo de Monteverde
VININHA DE MORAES - Dorinha
HENRIQUE MARTINS - Dom Alfredo Villareal Martins
CLENIRA MICHEL - Condessa Victória de Monteverde
LUIZ GUSTAVO - Osvaldo
ADRIANA MARQUES - Rosário
MÍRIAM KERR - Graziela
VERA CAMPOS - Julinha
MARCOS PLONKA - Dom Mariano
LÉO ROMANO - Ramon
JANE BATISTA - Dona Assunção
GENÉSIO CARVALHO - Fabiano
XISTO GUZZI
OSWALDO LOUREIRO
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Tupi - 19h
De julho de 1968 a 30 de abril de 1969
Novela de Geraldo Vietri e Wálter Negrão
Direção de Geraldo Vietri
Sinopse:
Nascido em Lisboa, Antônio Maria Alencastro Figueroa vem tentar a sorte no Brasil, onde se emprega como motorista particular na casa do Dr. Adalberto Dias Leme, dono de uma cadeia de supermercados de São Paulo. Logo ganha a confiança do patrão, que passa a tratá-lo como um amigo e lhe permite usar os automóveis da família nas horas de folga. E ganha mais: a amizade das  filhas do Dr. Adalberto, Heloísa e Marina, que, naturalmente, se apaixonam por ele. O chofer assume a posição de conselheiro familiar após a decadência financeira gerada por Heitor de Lima, noivo de Heloísa.
Outro imigrante português, Fernando Nobre, dono de uma panificadora, oferece-lhe sociedade, mas Antônio Maria, inexplicavelmente, prefere continuar como empregado. Por que motivo Antônio Maria quer ficar na casa do Dr. Adalberto? Que vida ele levava em Portugal? Por que aceitou um emprego humilde sendo um moço de trato fino?
Na realidade Antônio Maria é um milionário que está no Brasil fugindo das trapaças de Amália, que logo surge para atrapalhar o amor que nasce entre o português e Heloísa.
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Revista O Cruzeiro -1968
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Elenco:
SÉRGIO CARDOSO - Antônio Maria
ARACY BALABANIAN - Heloísa
ELIZIO DE ALBUQUERQUE - Dr. Adalberto Dias Leme
MARIA LUIZA CASTELLI - Carlota
WILSON FRAGOSO - Heitor de Lima
CARMEM MONEGAL - Marina
DENIS CARVALHO - Eduardo
GIAN CARLO - Jorgito
TONY RAMOS - Gustavo
ANAMARIA DIAS - Glorinha
NÉA SIMÕES - Catarina
NORAH FONTES - Berenice
JACYRA SILVA - Maria Clara
CARLOS DUVAL - Fernando Nobre
GUIOMAR GONÇALVES - Rita
PATRÍCIA MAYO - Alzira
PAULO FIGUEIREDO - Otávio Ferrari
MARCOS PLONKA - Honório Severino
BETH CARUSO - Beth
GUY LOUP - Lúcia
CANARINHO - Arquimedes
ANTÔNIO LEITE - Dr. Cintra
LUIZ CARLOS BRAGA - Machado
GILDA VALENÇA - Amália
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Trilha Sonona:
01. TEMA DE AMOR EM FORMA DE PRELÚDIO - Sérgio Cardoso
02. SONETO - declamação de Sérgio Cardoso
03. SÓ NÓS DOIS - Tony de Matos
04. COIMBRA - Altamiro Carrilho e sua Bandinha
05. UMA CASA PORTUGUESA - Altamiro Carrilho e sua Bandinha
06. CORRIDINHO 1951 - Altamiro Carrilho e sua Bandinha
07. CANÇÃO DO MAR - Sérgio Cardoso
08. CÂNTICO NEGRO - declamação de Sérgio Cardoso
09. LADO A LADO - Tony de Matos
10. BAILINHO DA MADEIRA - Altamiro Carrilho e sua Bandinha
11. A ROSINHA DOS LIMÕES - Altamiro Carrilho e sua Bandinha
12. TIROLIROLIRO - Altamiro Carrilho e sua Bandinha
Sonoplastia e Seleção Musical: Salatiel Coelho
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Beto Rockfeller
Uma inovação na televisão brasileira. Enquanto a superprodução era a arma da TV Excelsior para segurar a audiência, a TV Tupi apostava na linha iniciada com Antônio Maria. A idéia inicial da novela foi do então diretor geral da TV Tupi, Cassiano Gabus Mendes. Ele chamou o dramaturgo Bráulio Pedroso para escrever os capítulos, mas como Pedroso era um homem do teatro e pouco entendia sobre televisão, seus textos eram adaptados pelo diretor da novela, Lima Duarte. Cassiano, Bráulio e Lima estavam por trás de uma trama simples, mas que mostrava nova proposta de trabalho para a televisão brasileira.
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Beto Rockfeller abandonava a linha de atitudes dramáticas e artificiais que acompanhavam as novelas desde que o gênero havia chegado ao gosto nacional. Na verdade, uma primeira tentativa havia sido feita por Lauro César Muniz em 1966 com Ninguém Crê em mim na TV Excelsior, em que o tom coloquial dos diálogos rompia com os padrões estabelecidos até então.  Todavia só mesmo com o trabalho de criação e o posicionamento de modernizar a linha da telenovela, foi possível adaptar o público às novas exigências. Não só os diálogos mudaram. Tudo passou por uma renovação - a estrutura da história principalmente.
O maniqueísmo vigente passa a ser integrante do próprio protagonista; o anti-herói assume os postos até então ocupados por personagens de caráter firme, sensatos, absolutamente honestos e capazes de qualquer proeza para salvar a heroína das adversidades. A sua concepção procurava se aproximar das pessoas comuns; isto é, ter as atitudes boas ou más conforme se apresenta a vida.
Um dos méritos da novela foi dar ao público uma fantasia com gosto de realidade. As notícias que andavam nos jornais da época faziam parte de sua trama. Os fatos mais sensacionais e as fofocas mais quentes eram comentadas por seus personagens.
Beto Rockfeller revolucionou até o modelo de interpretação dos atores, que passou dos exagerados gestos dramáticos para uma forma natural. O próprio Luiz  Gustavo fazia questão que o personagem fosse o mais verdadeiro possível. A linguagem era coloquial, os diálogos incorporavam gírias e expressões do cotidiano. Isso fazia com que o público se identificasse com a história. Muitas vezes, os atores improvisavam suas falas, inventando diálogos que não estavam no script, o que também era novo na TV.
Eliminou-se o final de capítulo com "ganchos" forçados. E a direção não se restringiu apenas a marcar os atores em função da câmera. O despojamento dessa marcação provocou a libertação dos atores, no sentido de fazer um trabalho artístico também na televisão.
Outra inovação foi a trilha sonora, que deixou de trazer temas sinfônicos tocados por orquestras e utilizou sucessos pop da época, como os Beatles, Rolling Stones e Bee Gees. No entanto, a trilha sonora da novela não foi lançada comercialmente.
Mas nem tudo foi perfeito em Beto Rockfeller. O sucesso fez com que a emissora "espichasse" sua história, e o autor Bráulio Pedroso, em grande estafa, abandonou provisoriamente a sua obra (foi substituído por três autores liderados por Eloy Araújo). Lima Duarte também ausentou-se, sendo substituído pelo diretor Wálter Avancini. Alguns atores tiraram férias, e muitos dos capítulos eram  preenchidos com qualquer "criação" de emergência: um grupo de jovens dançando numa festinha, um personagem caminhando indeciso ou então uma determinada ação, sem diálogos, era acompanhada por alguma música de sucesso. Com uma mudança tão radical, a novela poderia perder audiência, o que não aconteceu.
Tudo o que foi válido serviu de base para as novelas do futuro. Até mesmo as improvisações dentro da falta de organização da época servem de modelo até hoje. Mas, no fundo, se as novelas revolucionavam na sua fórmula, seu conteúdo era mantido o mesmo. Um vaivém em busca da audiência.
Como o protagonista, Luiz Gustavo atingiu o auge de sua popularidade e se consagrou como um grande ator da televisão brasileira.
Devido ao seu alongamento, a novela apresentou alguns personagens efêmeros, que sumiam e desapareciam de acordo com a necessidade da história. Assim surgiu Domingos, dono de uma oficina, que só aparecia de costas e que em pouco tempo morreu. Foi o caso também de Secundino, mordomo na mansão do milionário Otávio (Wálter Forster). Desse personagem o público só conhecia as mãos e a voz misteriosa. Ele também desapareceu sem que seu rosto fosse visto. Tanto Domingos quanto Secundino foram vividos pelo diretor Lima Duarte, que, por sinal, representou pelo menos uns cinco papéis na novela nesse mesmo esquema.
Foi em Beto Rockfeller que a novela recebeu, ainda que em caráter não oficial, o primeiro merchandising. Como Beto bebia muito uísque, Luiz Gustavo fez um acordo com um fabricante de um remédio contra ressaca, o Engov, e faturava cada vez que engolia o produto em cena. O combinado do ator com a empresa do Engov, que estava chegando ao mercado, era: cada vez que Beto dissesse a palavra "Engov", o ator ganharia 3 mil cruzeiros (o salário da Tupi era de 900 por mês). "Só num capítulo, falei 33 vezes, sendo 22 num telefonema!", contou Luiz Gustavo.
Beto Rockfeller foi também a primeira novela a utilizar tomadas aéreas. Os técnicos voaram de helicóptero para gravar uma cena de pesadelo do personagem-título.
Em 1970, no rastro do sucesso da novela, foi lançado o filme Beto Rockfeller, dirigido por Olivier Perroy, protagonizado pelo ator-personagem Luiz Gustavo, mas sem repercussão.
Em 1973, Bráulio Pedroso escreveu uma continuidade: A volta de Beto Rockfeller, com parte do elenco original. Não conseguiu a repercussão esperada, mas também não comprometeu o personagem.
Hoje, não existem mais os capítulos da novela. O pouco que sobrou de suas filmagens está guardado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Quase todos os capítulos foram apagados pela própria Tupi, que usava as fitas para gravar por cima os capítulos seguintes. A Tupi já passava por dificuldades financeiras e todos os projetos que apareciam tinham de ser feitos com baixos custos, mas que trouxessem lucros para a emissora.
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Beto Rockfeller abandonava a linha de atitudes dramáticas e artificiais que acompanhavam as novelas desde que o gênero havia chegado ao gosto nacional. Na verdade, uma primeira tentativa havia sido feita por Lauro César Muniz em 1966 com Ninguém Crê em mim na TV Excelsior, em que o tom coloquial dos diálogos rompia com os padrões estabelecidos até então.  Todavia só mesmo com o trabalho de criação e o posicionamento de modernizar a linha da telenovela, foi possível adaptar o público às novas exigências. Não só os diálogos mudaram. Tudo passou por uma renovação - a estrutura da história principalmente.


O maniqueísmo vigente passa a ser integrante do próprio protagonista; o anti-herói assume os postos até então ocupados por personagens de caráter firme, sensatos, absolutamente honestos e capazes de qualquer proeza para salvar a heroína das adversidades. A sua concepção procurava se aproximar das pessoas comuns; isto é, ter as atitudes boas ou más conforme se apresenta a vida.
Um dos méritos da novela foi dar ao público uma fantasia com gosto de realidade. As notícias que andavam nos jornais da época faziam parte de sua trama. Os fatos mais sensacionais e as fofocas mais quentes eram comentadas por seus personagens.
Beto Rockfeller revolucionou até o modelo de interpretação dos atores, que passou dos exagerados gestos dramáticos para uma forma natural. O próprio Luiz  Gustavo fazia questão que o personagem fosse o mais verdadeiro possível. A linguagem era coloquial, os diálogos incorporavam gírias e expressões do cotidiano. Isso fazia com que o público se identificasse com a história. Muitas vezes, os atores improvisavam suas falas, inventando diálogos que não estavam no script, o que também era novo na TV.
Eliminou-se o final de capítulo com "ganchos" forçados. E a direção não se restringiu apenas a marcar os atores em função da câmera. O despojamento dessa marcação provocou a libertação dos atores, no sentido de fazer um trabalho artístico também na televisão.
Outra inovação foi a trilha sonora, que deixou de trazer temas sinfônicos tocados por orquestras e utilizou sucessos pop da época, como os Beatles, Rolling Stones e Bee Gees. No entanto, a trilha sonora da novela não foi lançada comercialmente.
Mas nem tudo foi perfeito em Beto Rockfeller. O sucesso fez com que a emissora "espichasse" sua história, e o autor Bráulio Pedroso, em grande estafa, abandonou provisoriamente a sua obra (foi substituído por três autores liderados por Eloy Araújo). Lima Duarte também ausentou-se, sendo substituído pelo diretor Wálter Avancini. Alguns atores tiraram férias, e muitos dos capítulos eram  preenchidos com qualquer "criação" de emergência: um grupo de jovens dançando numa festinha, um personagem caminhando indeciso ou então uma determinada ação, sem diálogos, era acompanhada por alguma música de sucesso. Com uma mudança tão radical, a novela poderia perder audiência, o que não aconteceu.
Tudo o que foi válido serviu de base para as novelas do futuro. Até mesmo as improvisações dentro da falta de organização da época servem de modelo até hoje. Mas, no fundo, se as novelas revolucionavam na sua fórmula, seu conteúdo era mantido o mesmo. Um vaivém em busca da audiência.
Como o protagonista, Luiz Gustavo atingiu o auge de sua popularidade e se consagrou como um grande ator da televisão brasileira.
Devido ao seu alongamento, a novela apresentou alguns personagens efêmeros, que sumiam e desapareciam de acordo com a necessidade da história. Assim surgiu Domingos, dono de uma oficina, que só aparecia de costas e que em pouco tempo morreu. Foi o caso também de Secundino, mordomo na mansão do milionário Otávio (Wálter Forster). Desse personagem o público só conhecia as mãos e a voz misteriosa. Ele também desapareceu sem que seu rosto fosse visto. Tanto Domingos quanto Secundino foram vividos pelo diretor Lima Duarte, que, por sinal, representou pelo menos uns cinco papéis na novela nesse mesmo esquema.
Foi em Beto Rockfeller que a novela recebeu, ainda que em caráter não oficial, o primeiro merchandising. Como Beto bebia muito uísque, Luiz Gustavo fez um acordo com um fabricante de um remédio contra ressaca, o Engov, e faturava cada vez que engolia o produto em cena. O combinado do ator com a empresa do Engov, que estava chegando ao mercado, era: cada vez que Beto dissesse a palavra "Engov", o ator ganharia 3 mil cruzeiros (o salário da Tupi era de 900 por mês). "Só num capítulo, falei 33 vezes, sendo 22 num telefonema!", contou Luiz Gustavo.
Beto Rockfeller foi também a primeira novela a utilizar tomadas aéreas. Os técnicos voaram de helicóptero para gravar uma cena de pesadelo do personagem-título.
Em 1970, no rastro do sucesso da novela, foi lançado o filme Beto Rockfeller, dirigido por Olivier Perroy, protagonizado pelo ator-personagem Luiz Gustavo, mas sem repercussão.
Em 1973, Bráulio Pedroso escreveu uma continuidade: A volta de Beto Rockfeller, com parte do elenco original. Não conseguiu a repercussão esperada, mas também não comprometeu o personagem.
Hoje, não existem mais os capítulos da novela. O pouco que sobrou de suas filmagens está guardado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Quase todos os capítulos foram apagados pela própria Tupi, que usava as fitas para gravar por cima os capítulos seguintes. A Tupi já passava por dificuldades financeiras e todos os projetos que apareciam tinham de ser feitos com baixos custos, mas que trouxessem lucros para a emissora.
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Tupi - 20h
De 4 de novembro de 1968 a 30 de novembro de 1969
Novela de Bráulio Pedroso
Escrita por Bráulio Pedroso, Eloy Araújo, Ilo Bandeira e Guido Junqueira
Criação de Cassiano Gabus Mendes
Direção de Lima Duarte e Wálter Avancini
Trama:
Alberto - ou Beto, como é mais conhecido - é um charmoso representante da classe média baixa que mora com os pais, Pedro e Rosa, e a irmã, Neide, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, e trabalha como vendedor em uma loja de sapatos na Rua Teodoro Sampaio.
Com sua intuição e perspicácia, o vendedor Beto se transforma em Beto Rockfeller, primo em terceiro grau de um magnata norte-americano, e consegue  penetrar na alta sociedade, através de sua namorada rica, Lu, filha dos milionários Otávio e Maitê. Assim, ele consegue frequentar as badaladas festas e as rodas da mais alta sociedade paulista.
Quem Beto preferirá afinal? A temperamental Lu, garota sofisticada e rodeada de gente importante; ou a inocente Cida, a humilde namoradinha do subúrbio? A contradição será explicada através de seu nome: Beto, humilde e trabalhador do bairro simples, e Rockfeller, sofisticado e badalado da Rua Augusta, lugar muito frequentado pela alta roda nos anos 60.
Enquanto vacila entre os dois extremos, a grã-finagem dobra-se ante seu maniqueísmo, e ele tem de fazer toda ordem de trapaça para que sua origem - que já não é segredo para Renata, uma jovem grã-fina decadente - não seja descoberta. Para se safar das confusões, o bicão Beto conta sempre com a ajuda dos fiéis amigos Vitório e Saldanha.
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1969
Enquanto Houver Estrelas
João Juca Jr.
Nenhum Homem é Deus
Nino o Italianinho
Uma das primeiras novelas a usar o merchandising, ou seja, a publicidade de produtos implícito nas cenas ambientadas, no caso, no armazém que transcorria a história. Novela que proporcionou a Juca de Oliveira seu primeiro papel importante na TV.
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Aracy Balabanian, Juca de Oliveira, Bibi Vogel
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O merchandising, vê-se Geléias Colombo e Biscoitos Piraquê
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LP da novela
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O Retrato de Laura
Super Plá
Um Gosto Amargo de Festa
O Doce Mundo de Guida
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1973
A Volta de Beto Rockfeller
As Divinas... e Maravilhosas
Mulheres de Areia

Em 1973, Ivani Ribeiro voltaria ao horário nobre da TV Tupi, transformando-o em um forte concorrente da inatingível TV Globo. Revelaria a partir de então uma autora amadurecida e incansável em abordar diversos temas em suas tramas.
A mudança viria com “Mulheres de Areia”, adaptação de uma antiga rádio novela da autora, “As Noivas Morrem no Ar”. Contava a história das irmãs gêmeas Ruth e Raquel, que disputavam o amor de Marcos. Eva Wilma interpretou com glamour as gêmeas antagônicas. A partir de então, a atriz foi promovida à primeira estrela da TV Tupi. A novela alcançou um grande sucesso, ameaçando a hegemonia da audiência da TV Globo, que exibia na época a fraca “Cavalo de Aço”. A química entre Eva Wilma e Carlos Zara foi instantânea, transformando-os no par romântico da emissora paulista, competindo com o casal Tarcísio Meira e Glória Menezes da TV Globo. Gianfrancesco Guarnieri comoveu o Brasil interpretando o doente mental Tonho da Lua. Apaixonado por Ruth, o jovem esculpia mulheres na areia das praias de Itanhaém. As esculturas eram feitas por Serafim Gonzalez, que participava da trama como ator. O sucesso respingou não só nos protagonistas, como nos coadjuvantes, entre eles o casal Malu e Alaôr, vividos por Maria Izabel de Lizandra e Antonio Fagundes, respectivamente. “Mulheres de Areia” entrou para a história como uma das telenovelas mais bem-sucedidas, tendo uma segunda versão, em 1993. No elenco Cláudio Corrêa e Castro, Cleyde Yáconis, Lucy Meirelles, Rolando Boldrin, Márcia Maria, Ana Rosa, Maria Estela, Silvio Rocha, Edgard Franco, Henrique Martins e Ivan Mesquita, entre muitos.
Em 1974, a TV Tupi reeditaria “A Indomável”, com o nome de “O Machão”, escrita por Sérgio Jockyman. O sucesso de Antonio Fagundes e Maria Izabel de Lizandra como par romântico em “Mulheres de Areia”, habilitou os dois a protagonizarem a novela, outro grande sucesso da TV Tupi.
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TV Tupi - 20h
253 capítulos
De 26 de março de 1973 a 5 de fevereiro de 1974
Novela de Ivani Ribeiro
Direção de Edison Braga e Carlos Zara
Sinopse:
O jovem Marcos Assunção está de volta à cidade litorânea de Pontal D'Areia para auxiliar nos negócios da família. O rapaz conhece e se apaixona pela doce Ruth, filha de pobres pescadores, mas acaba envolvido por Raquel, a irmã gêmea de Ruth. As irmãs são gêmeas idênticas, mas de personalidades opostas. Enquanto Ruth ama de verdade Marcos, Raquel ambiciona sua posição e fortuna, e mantém o seu relacionamento amoroso com Wanderley, um mau-caráter. Quem percebe tudo isso é o doente mental Tonho da Lua, famoso por esculpir mulheres nas areias da praia, o protegido de Ruth, e que sofre com a perseguição e maldades de Raquel. - Mas Raquel tem que enfrentar Virgílio Assunção, o pai de Marcos, que não aceita o namoro. Virgílo é o homem prepotente que enfrenta problemas dentro de sua casa. Malu, a filha rebelde, o culpa pela morte do noivo, e vive a provocá-lo. Até que a moça conhece o vaqueiro Alaôr, um homem rude, e muda o seu alvo. Alaôr tenta a todo custo domar as impetuosidades de Malu. Enquanto isso, Ruth sofre calada com o casamento da irmã Raquel, mesmo sabendo que ela está com Marcos só por interesse. A história tem uma reviravolta quando Raquel é dada como morta e Ruth assume a sua personalidade, para ficar ao lado do homem que ama. Mas Raquel não morreu, e planeja a sua volta e a vingança contra a irmã que tomou o seu lugar.
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Eva Wilma interpreta Ruth e Raquel
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Eva Wilma e Carlos Zara
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1975
A Viagem
Grande sucesso da Tupi, que contou com um tema paranormal, no qual personagens mortos voltavam para alegria e tormento da principal personagem feminina. Conceitos da religião espírita.
A novela trata da vida apos a morte, baseando-se na filosofia de Allan Kardec. Foram levantadas todas as dimensões da crença, desde o preconceito dos leigos até estudos científicos. Inclusive a comunicação entre vivos e mortos através da mediunidade, espíritos encarnados e desencarnados. Ivani usou de sua historia e de seus personagens para apresentar a sua crença. As irmãs Dina e Estela, por exemplo, pressentiam quando estavam próximas uma da outra. Tibério conversava com um espírito amigo que ficava todo o tempo a seu lado. Cidinha era uma mulher do povo, supersticiosa e cheia de crendices populares. Dona Guiomar, Téo e Tato sofriam a possessão do espírito maligno de Alexandre. O Dr. Alberto era um sensitivo que fazia reuniões e rezava pela alma atormentada de Alexandre.
Ivani Ribeiro baseou-se nos livros E a Vida Continua e Nosso Lar ditados pelo espírito de Andre Luis a Chico Xavier. Também teve a colaboração do professor Herculano Pires.
Naquele ano de 1975, a proibição da novela Roque Santeiro fez com que a Globo reprisasse Selva de Pedra. A Tupi aproveitou o acontecido e, depressa, lançou A Viagem. Não mediu esforços, chegando a sacrificar a novela anterior no horário,  Ovelha Negra que teve os capítulos encurtados.
A campanha promocional de A Viagem contava com slogan nos cartazes de rua que dizia:
"Assista a uma novela inédita com capítulos inéditos".
Referia-se reprise de Selva de Pedra, Ivani Ribeiro reescreveu A Viagem em 1994 para a TV Globo, alcançando o mesmo sucesso que a versão original.
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A Viagem Tupi - 20h
141 capítulos
De 1 de outubro de 1975 a 27 de março de 1976
Novela de Ivani Ribeiro

Em 1975, Ivani Ribeiro mergulhou no mundo do espiritismo como temática de novela, o resultado foi a bem-sucedida “A Viagem”. Estreada em horário nobre, mostrava a vida após a morte. A história da ciumenta Diná (Eva Wilma), casada com um homem mais jovem, Teo (Tony Ramos). Possessiva, ela destrói o casamento aos poucos. No meio da trama, perde o irmão Alexandre (Ewerton de Castro), que se suicida na prisão. Alexandre vaga como espírito, atormentando aqueles que lhe prejudicou em vida, vingando-se de cada um deles. Entre os que sofrem com o espírito de Alexandre está César Jordão (Altair Lima), advogado que lhe movera o processo. César e Diná apaixonam-se, mas o amor entre os dois é interrompido pela morte do advogado. César volta como espírito para ajudar os filhos, atormentados por Alexandre. No fim da trama, Diná também morre, encontrando-se com César no vale dos espíritos. Complexa, a trama alcançou sucesso de público, sendo transformada em livro. Contava com um elenco luxuoso, além dos citados: Irene Ravache, Elaine Cristina, Cláudio Corrêa e Castro, Rolando Boldrin, Joana Fomm, Adriano Reys, Ana Rosa, Carlos Alberto Riccelli, Carmem Silva, Lúcia Lambertini, Carminha Brandão, Abrahão Farc, Serafim Gonzalez, Yolanda Cardoso, Antonio Pitanga, Ricardo Blat, Suzy Camacho, Neuza Borges, Márcia Maria e Haroldo Botta.
Direção de Edison Braga e Atílio Riccó
Supervisão geral de Carlos Zara
Sinopse:
Alexandre o jovem barra pesada de classe média que matou um homem num assalto. Tenta fugir da policia, mas delatado pelo irmão Raul e pelo cunhado Téo.  Cesar Jordão um famoso criminalista que no aceita defende-lo nos tribunais, pois a vítima era um amigo pessoal seu. Para ajudá-lo, Alexandre conta apenas com a irmã mais velha, Dina, mulher de Téo, que luta para defendê-lo. Até mesmo a sua namorada, Lisa, o abandona. Alexandre acaba condenado, e, para não passar o resto da vida na cadeia, comete suicídio, amaldiçoando a todos que o traíram.
A mãe doente, Isaura, tenta se recuperar da perda do filho caçula com os serviços e a amizade do médico da família, o Dr. Alberto, apaixonado por Estela, a outra irmã de Alexandre. Estela uma mulher sofrida, que foi abandonada pelo marido Ismael, um mau caráter, e que criou praticamente sozinha a filha Maria Lucia, uma garota problemática que sonha em reencontrar o pai. Raul, o irmão de Alexandre, tem um casamento feliz com Andreza, e um ótimo relacionamento com a sogra Guiomar, que o trata como um filho. Para completar a felicidade do casal, falta uma criança, que os dois lutam para conseguir.
A personagem Dina(Eva Wilma)é casada com Téo, um rapaz bem mais jovem e boa pinta, que sofre com o ciúme doentio da mulher, colocando o casamento dos dois em xeque. O advogado César Jordão também amigo do Dr. Alberto. Vivo, pai de dois filhos: o garoto Dudu, e Junior, que quer seguir a carreira do pai.
Mas depois da morte de Alexandre a vida de todas essas pessoas muda drasticamente. Seu espírito, desencarnado, planeja uma vingança contra todos que o fizeram sofrer. Suas principais vítimas são o irmão Raul, o cunhado Téo e o advogado Cesar Jordão.
Dona Guiomar, a sogra de Raul, influenciada pelo espírito de Alexandre,transforma o casamento do genro e da filha num verdadeiro inferno, até que consegue separá-los. O filho de Cesar, Junior, deixa de lado os estudos e se torna um deliquente juvenil, tal qual Alexandre fora um dia. E Téo se transforma num homem violento e inconstante, principalmente depois que se separa de Dina e se envolve com Lisa, a antiga namorada de Alexandre.
Mas Alexandre no contava que sua irmã Dina, depois da separação, fosse se apaixonar por Cesar, o seu maior desafeto. A única pessoa que percebe tudo o que esta acontecendo o Dr. Alberto, adepto do espiritismo, a doutrina de Allan Kardec, e que através de reuniões mediúnicas, tenta livrar o espírito atormentado de Alexandre do mal que causa s pessoas.
O climax a morte de César, num acidente. Dina e ele passam a viver um amor transcendental que a tudo supera. Mas Dina acaba por adoecer e morre. Finalmente juntos em outro plano, num lugar conhecido como Nosso Lar, os dois tentam neutralizar a má influência de Alexandre,
que está preso no "Vale das Sombras", sobre os seus entes queridos na Terra (sua vítimas).
***
1978
Campanha Bombril, no ano de 1978, entrava no ar a campanha que viria a entrar no Guiness Book como a mais antiga do mundo. O “Garoto Bombril” estreava na TV Tupi, com cerca de 54 comerciais por mês.
O comercial foi criado por Washington Olivetto como redator e Francesc Petit como diretor de arte. Destinava-se a divulgar, para a dona de casa os novos produtos fabricados pela Bombril: Sapóleo Líquido Rid, lava-louças Bril, detergente em pó e Sapóleo Radium, associando-os à marca esponja de aço, carro chefe da empresa. Para a divulgação desses produtos, a verba era restrita. Optou-se por um formato bem simples, onde um químico da própria empresa, tímido e desajeitado, constrangido por estar na televisão, era encarregado de falar à dona de casa sobre os novos produtos que ele ajudara a criar.
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O Diários Associados Sobrevive
AMemória Sobrevive
“Quando a Rede Tupi fechou os Associados foram à falência”. Quantas vezes ouvi  essa expressão. Não só de universitários de comunicação, como de profissionais do meio. Metaforicamente pode-se dizer que o conglomerado foi quase à falência. Mas não foi o que aconteceu. Fecharam-se rádios, revistas, jornais e a Rede Tupi na crise que se estendeu até a década de 1980. Mas o grupo, principalmente fora do eixo Rio-São Paulo continua forte, hoje é o sexto maio do Brasil já foi o primeiro. Comandam jornais como “O Correio Braziliense” e “O Estado de Minas”. E investem em televisão ainda. A TV Alterosa, de Belo Horizonte, uma das mais antigas do grupo, continua de pé e é afiliada do SBT - curiosamente a rede que pegou metades das emissoras da antiga TV Tupi. Assim como a TV Brasília, fundada pelos Associados e que chegou a ser vendida para o Grupo Paulo Otávio, foi recomprada no ano passado.
Mas, peço uma correção, porque em metade do “eixo”, os Diários Associados ainda estão bem presentes. No Rio de Janeiro possuem a Super Rádio Tupi AM, o Jornal do Commércio, a Rádio Nativa FM (antiga Tupi FM), o Diário Mercantil e o Monitor Campista.
Ao chegar aos 85 anos, os Diários Associados se “repaginaram”, ganharam nova logomarca e começam novamente seu plano de expansão. Através do site http://www.diariosassociados.com.br/ vocês poderão conhecer mais sobre o grupo, que hoje, aliás, não teme contar sua própria história, independente de qualquer crise que tenha ocorrido.
Hoje os Diários Associados estão presentes em 8 Estados, possuem 15 jornais, 8 emissoras de televisão, 12 rádios, 1 revista, 5 sites, 9 portais, 5 empresas e 1 Fundação (a Fundação Assis Chateaubriand, que preserva a memória do grupo).
Ainda mantém o projeto “Memória Diários Associados” vale a pena dar um pulo no item “Linha do Tempo” do site, que reúne através dos arquivos e acervos de seus veículos a trajetória do conglomerado e a memória nacional. É coordenado pela Fundação Assis Chateaubriand, como já foi falado.
Vale à pena conhecer mais e saber que eles ainda estão por aí, preservando uma parte importante da história da comunicação nacional.
Por Elmo Francfort
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Assis Chateaubriand
Um Brasileiro de Visão!
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Atualmente o Grupo Diários Associados tem mais de 50 veículos de comunicação:
15 Jornais
12 Rádios
08 Emissoras de Televisão
09 Portais e outros 5 Sites
01 Fundação e outras 5 Empresas
Jornais
Correio Braziliense – Brasília – DF
Diário Mercantil – Rio de Janeiro – RJ
Diário de Natal e O Poti – Natal – RN
Estado de Minas – Belo Horizonte – MG
Diário de Pernambuco – Recife – PE
Jornal do Comércio – Rio de Janeiro – RJ
Diário da Borborema – Campina Grande – PB
O Imparcial – São Luiz – MA
O Norte – João Pessoa – PB
Monitor Campista – Campos – RJ
Aqui BH – Belo Horizonte – MG
Brasília – DF
Recife – PE
São Luis – MA
Rádios
Guarani FM – Belo Horizonte – MG
Super Rádio Tupi – Rio de Janeiro – RJ
Nativa FM – Rio de Janeiro – RJ
Clube FM – Recife – PE
Brasília – DF
Natal – RN
João Pessoa – PB
Recife – PE
Rádio Clube AM – Brasília – DF
Recife – PE
Campina Grande – PB
Natal – RN
Fortaleza – CE
Televisão
TV Alterosa – Belo Horizonte – MG
Divinópolis – MG
Juiz de Fora – MG
Varginha – MG
TV Borborema – Campina Grande – PB
TV Brasília – Brasília – DF
TV Clube – João Pessoa – PB
Recife – PE
Portais
Correio Braziliense – Brasília – DF
Uai – Belo Horizonte – MG
Pernambuco.com – Recife – PE
Correio Web – Brasília – DF
Dnonline – Natal – RN
O Norte online – João Pessoa – PB
DB online – Campina Grande - PB
Outras Empresas
Fundação Assis Chateubriand – Brasília – DF
Teatro Alterosa – Belo Horizonte – MG
Fzenda Manga – Manga – MG
Alterpsa Cine Vídeo – Belo Horizonte – MG
Revista Ragga – Belo Horizonte – MG
D.A. Press – Brasília - DF

Tupi - 29 Anos e Dez Meses
1950/1980 
País Brasil
Primeira emissora da America Latina
Quarta emissora no Mundo
Fundação: 18 de setembro de 1950
Extinção: 18 de Julho de 1980
Fundador: Assis Chateaubriand
Razão Social: Rádio e Televisão Difusora
Proprietário Pertence ao Diários Associados
Presidente
Vice-presidente
Cidade de origem São Paulo City - SP
Sede São Paulo City - SP
Bandeira do Município do Rio de Janeiro, RJ
Estúdios São Paulo City , SP
Av. Prof. Alfonso Bovero, 52, Sumaré
Bandeira do Município do Rio de Janeiro, RJ
Rua João Luis Alves, 13, Urca
Slogan's
A pioneira (Anos 50/60)
Do tamanho do Brasil(anos 70/80)
Tupi, mais calor humano(1979/1980)
Formato de vídeo
Principais telespectadores - faixa_etária
Afiliações Diários Associados
Cobertura Nacional
Significado da sigla significado letras
Emissoras próprias
Bandeira do Estado de São Paulo, São Paulo
Bandeira Estado Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Bandeira da Bahia, Salvador
Bandeira do Distrito Federal, Brasília
Bandeira de Minas Gerais, Belo Horizonte
Bandeira Estado Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Bandeira do Pará, Belém
Bandeira de Pernambuco, Recife
Emissoras afiliadas
Cobertura internacional
Nomes anteriores

"Assim é o Improviso no Brasil, gera TV"

Homenagens para a Tupi

Em 1953, um bloco no rio e Janeiro desfila na praça Mauá em homenagem a TV Tupi.
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Bloco em 1953
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G.E.E.S. Paraíso do Tuihuti do Rio de Janeiro para o carnaval 2009, fantasias da TV Tupi A Pioneira.
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Assis Chateaubriand

Chatô era assim ... 
Na inauguração da TV Tupi, primeira emissora do Brasil, Assis Chateaubriand promoveu um jantar para alguns dos homens mais ricos do País: banqueiros, comerciantes, fazendeiros, industriais. Antes que começasse a comilança, anunciou mudança de planos: leiloaria entre os presentes os itens do banquete –
cabrito, leitão, coelho assado – e os mandaria “para alimentar o time Associado que está lá, trabalhando pelo progresso das comunicações no Brasil”.
O dinheiro arrecadado seria doado ao Masp, para comprar obras de arte.
Aos ricaços, mandou servir sanduíches de mortadela e guaraná.
Excêntrico e Visionário, Chateaubriand construiu um dos maiores impérios de comunicação que o País já viu: sob o conglomerado Diários e Emissoras Associadas, chegou a ter mais de 100 veículos, entre jornais, revistas, emissoras  de rádio, estações de televisão, agência de notícias e editora. Nada mal para quem só aprendeu a ler e escrever aos 9 anos e foi gago até os 10. Com essa idade Chatô deixou a terra natal – Umbuzeiro, na Paraíba – para viver em Recife.
Começou a carreira de jornalista aos 15 anos, na Gazeta do Norte. Aos 20, formou-se na Faculdade de Direito de Recife. Em artigos no Jornal do Recife e no  Diário de Pernambuco, comprou brigas com ninguém menos que Rui Barbosa e Sílvio Romero.
O atrevimento fez seu nome chegar à capital federal, para onde se mudou em 1917.
No Rio de Janeiro, começou a colaborar com o jornal “Correio da Manhã” e foi galgando postos até chegar à direção de “O Jornal”, em 1924. Daí não parou mais: fundou a revista “O Cruzeiro”, a “Rádio Tupi e a TV Tupi” e até um museu, o “MASP”. Para superar eventuais obstáculos, seus métodos incluíam chantagens e mentiras deslavadas contra inimigos.
Em 1942, brigava na justiça com a ex-mulher pela guarda da filha Teresa. Em conversa com seus advogados, esbravejou:
“Será que toda lei neste País foi feita para me prejudicar? Se a lei é contra mim, então, meus senhores, vamos ter que mudar a lei!”.
Contando com a ajuda de aliados próximos ao presidente Getúlio Vargas, comemorou a publicação do decreto número 5213 no Diário Oficial. Feito sob medida para Chatô, ficou conhecido como “Lei Teresoca”.
Figura carimbada nos círculos do poder, manteve relações próximas com os presidentes que se sucederam.
Em 1952, foi eleito senador pela Paraíba e, cinco anos depois, nomeado embaixador do Brasil na Inglaterra. Como embaixador fazia questão de quebrar o rígido protocolo britânico, promoveu festanças abastecidas com o melhor da comida e da bebida nordestina.
Vítima de uma trombose, passou a viver sobre uma cadeira de rodas a partir de 1960. Continuava a redigir seus artigos – foram quase 12 mil ao longo da vida – numa máquina de escrever adaptada.
Aos poucos, os Diários afundavam em quedas brutais de vendas e vultosas dívidas, até a morte de Chatô, em 1968, aos 75 anos.
 ***
Em fevereiro de 1960, Chateaubriand sofreu uma lesão neurológica grave, que lhe deixou com uma série de seqüelas graves, como a perda dos movimentos de todos os membros e dificuldades na fala e respiração. Isso forçou a sua retirada do comando dos negócios e prejudicou ainda mais a já confusa administração das suas empresas.  Já enfermo, em 1962, Assis Chateaubriand ouve no leito o termo da segunda doação aos condôminos da primeira lista.
 ***

Chatô despecha na cama
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Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo morreria em 1968, mas os primeiros sinais de crise do seu império já haviam chegado. 
Seus jornais perdiam terreno para o “Última Hora”, de Samuel Wainer. “Manchete”, de Adolpho Bloch, já era a maior revista semanal do Brasil (desbancando “O Cruzeiro” desde a primeira edição). A TV Excelsior, a TV Record, além da recém-inaugurada TV Globo, canal 4 do Rio de Janeiro, já haviam retirado a Tupi da liderança de audiência na TV há certo tempo.
***
Chatô Surpreende Já nos anos 50
Pouca gente fala sobre o início das crises na Rede Tupi, no final dos anos 1950. Em artigo no TH, Fernando Morgado cita alguns fatos:
Em outubro de 1959, Assis Chateaubriand, numa de suas ações mais surpreendentes e inacreditáveis da sua vida, doou 49% das suas ações em todas as empresas para 22 dos seus mais próximos funcionários, compondo uma forma de administração inédita e, até hoje, única em todo o planeta, chamada de Condomínio.
Além disso, Chatô organizou o grupo de empresas, também de forma inédita no mundo, como uma “federação”, ou seja: as empresas não são agrupadas entre si a partir dos setores onde atuam (o que, na maioria das vezes, permite uma maior sinergia entre elas e uma maior dinamização dos recursos), mas sim pelos Estados onde estão sediadas, criando diretorias com ações independentes em cada lugar. Isso foi pensado por Chatô para que, caso os Associados passassem alguma dificuldade num Estado específico, os outros poderiam ajudar.Isso foi pensado para que, caso passassem dificuldade num Estado, os outros poderiam ajudar.

Os Problemas Apareceram
Todas essas mudanças não geraram problemas somente por poucos meses, já que as decisões continuavam centralizadas nas mãos de Chateaubriand (que ainda possuía 51% das ações).
Mas em 1960, com a lesão neurológica grave, que lhe deixou com uma série de seqüelas graves, como a perda dos movimentos de todos os membros e dificuldades na fala e respiração. Isso forçou a sua retirada dos negócios e prejudicou ainda mais a já confusa administração das empresas.
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Estórias
A primeira tentativa de trabalhar na TUPI
Passado os anos, o menino Luiz havia crescido e não usava mais calças curtas, pois já havia entrado na mocidade. E em 1952 resolveu ir atrás do seu sonho... Foi até o Sumaré e entrou pelo portão da PRF-3 TV Tupi (agora escrita com "i"), na esquina da Avenida Professor Alfonso Bovero com a Rua Piracicaba.

Passou devagar pelo telhadinho que ficava entre o jardim e o "Palácio do Rádio", um imenso casarão onde alojaram a televisão. Entrou dentro do "Palácio", passou perto de umas cortinas vermelhas - era a entrada do auditório da PRG-2 Rádio Tupi e da TV - e começou a andar pelo grande corredor que dividia os estúdios e os departamentos da emissora.

Na entrada disseram-lhe para procurar o Jean, que cuidava dos recursos humanos e contratações da PRF-3 TV. Ficava ali, bem perto do bar da emissora (que atendia pelo nome de "Bar do Índio", que fazia concorrência direta a famosa Panificadora Real, na outra esquina da Alfonso Bovero com a Av. Doutor Arnaldo).

Entrou na sala do tal Jean, que possuía um carregado sotaque francês em meio às palavras portuguesas que falava ao garoto.

- O que você sabe fazer? - Luiz começava a responder o questionário, dizendo-lhe que nada sabia. Pela face e pelo jeito de Jean, sabia que de lá nada sairia facilmente para ele, mas que o francês, por profissionalismo e para não mostrar descaso com o sonho do garoto, continuava a preencher aquela ficha, mesmo que soubessem que o futuro daquele papel seria um arquivo de vagas. Mas o empenho que Luiz demonstrava, foi encerrado por um "até logo" de Jean e uma imensa vontade de querer acreditar no pensamento de "quem sabe um dia eu trabalhe aqui". O garoto saiu desanimado de lá.

De Luiz para Luiz
Os peitinhos da menina
Na TV Tupi e nas demais emissoras, inicialmente, criou-se as garotas-propaganda, para não deixar o telespectador assistindo sempre aos cansativos slides. A Paulista tinha as suas, a Record também e por aí vai... Belíssimas garotas apresentavam os produtos que bancavam os programas das emissoras e falavam diretamente com o telespectador, como se fossem donas-de-casa habituais. Também será assunto de outra coluna as história das garotas-propaganda. Mas deixo claro, que não citarei o nome de uma determinada propaganda devido ao fato que logo vocês saberão. O intuito desta coluna não é difamar, nem causar danos morais a ninguém, muito menos à pessoas que tiveram uma vida de sucessos e que não devem ser denegridas no sentido que aqui falarei. Não é uma espécie de censura, mas sim uma forma de respeito. Porque aqui a televisão é vista de forma séria. Logo entenderam o por quê desta introdução.

Mas indo direto ao fato, na casa da Indaiatuba - aqui no Itaim - Luiz atendeu a um telefonema urgente (lembra-se até hoje que chegava perto da cozinha quando tocou o  telefone, que ficava entre a essa, a copa e o corredor da nossa casa). Adivinhem quem era...O Jean!

O francês estava atônito, Luiz mal entendeu o por quê, já que só uma vez havia o encontrado. Mas Jean pediu que ele comparece-se urgentemente na emissora... Luiz nem teve tempo de dizer algo. Desligou o telefone e seguiu para a TV Tupi.

Chegado à TV Tupi, Jean, nervoso e irritado disse ao garoto que estava o contratando para a projeção, porque, como disse o francês:"

- Um moleque imbecil teve a audácia de pegar nos peitinhos da "menina"! Tivemos que botá-lo na rua... E precisamos de outra pessoa para cuidar da projeção!"

Acreditam que o garoto apertou os seios da tal garota-propaganda naquele "famoso" corredor da Tupi, que Luiz já havia passado naquele lamentável dia de 1952... Quem diria que a sua vida seria resolvida por causa de uma safadeza de um garoto? Pois é! Luiz, desta forma, entrava para a projeção da PRF-3 TV.

Sobre o garoto, Luiz até chegou a conhecê-lo, quando este foi pegar seus honorários e se despedir da TV, indo pela última vez na sala de projeção que trabalhava e viu, Luiz, já no seu lugar trabalhando. Infelizmente, para o garoto aquele ato audacioso foi fatal. Já, no caso de Luiz Francfort, já era outra história. Porque assim começava a grandiosa carreira deste radialista, daquele garoto, um pioneiro por detrás das câmeras.
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